31 março 2010

Espetáculo Trupe Artemanha

Texto e fotos: Jose Sillva
Fonte: Jornal da Trupe


No dia 06 de janeiro de 1996, na cidade de Taboão da Serra, São Paulo, nasceu a Trupe Artemanha de Investigação Urbana. O grupo teatral desenvolve seu trabalho na zona sul desde 2005, realizando um importante movimento teatral com apresentações de espetáculos, mostras e palestras. Em média foram mais de 300 apresentações.
Como todo grupo artístico passa por dificuldade; com o Artemanha não seria diferente, em 2005 o grupo migrou para o bairro de Campo Limpo por falta de políticas pública e incentivo à cultura no município de Taboão da Serra. Nesse mesmo ano a Trupe deu início a uma pesquisa para remontagem do texto Boombástico, que mostra as características de guetos e seus indivíduos estereotipados como marginais e excluídos, a partir de um contexto político. Assim surgiu a necessidade de tratar assuntos voltados para a região onde o núcleo artístico é nativo.
Dentro deste contexto percebe-se que o grupo é, sem dúvidas, uma fronte de resistência, não só regional, mas dentro do campo teatral. Foram anos de pesquisa, desdobramentos, abordagens e apurações até saírem dos palcos e chegarem à rua com a peça Brasil, quem foi que te pariu?
Foi esta peça que a Trupe apresentou no dia 31.03, para moradores de crianças da região, a convite da ONG Bloco do Beco, no campo (de baixo) onde já é considerado o quintal da instituição. Os atores iniciaram um cortejo pelas vielas da comunidade e em seguida deram uma volta no campo; isto, com certeza, fez quem com marcassem território e era o aviso de que o Artemanha estava na área. Após a procissão, bem sucedida, iniciou-se o espetáculo; atores bem posicionados, devidamente trajados, maquiados e público ansioso.
A peça é uma “mistura diversos elementos cênicos como o circo e a comédia dell’arte que acentuam o grotesco e ressaltam características típicas de cada personagem. As danças e os variados ritmos musicais como o forró, samba, maracatu e ciranda que enriquecem o espetáculo, levando o público para dentro de uma grande farsa fragmentada da História do Brasil, onde se cruzam personagens históricos e atuais, mostrando ao espectador uma dramaturgia atemporal”.


































1 comentários:

Anônimo,  6/4/10  

Imagens perfeitas, a arte não contrasta com a periferia, ela a abraça.
Joy Izauri

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