08 novembro 2010
17 outubro 2010
Lançamento Curta Saraus na Cinemateca Brasileira
27 setembro 2010
06 setembro 2010
"Este Lado Para Cima" Brava Companhia no Bloco do Beco
- Descobri Brecht lá pelos oitenta numa montagem de Luz nas Trevas, no Madame Satã. Quem era paulicéia nos oitenta sabe. Nudez, anticlericalismo, ironia, acidez... Gente do céu, tudo aquilo me incomodou tanto, recatado ado papa hóstia que era.
- Brecht e eu travamos então uma longa relação de amor e ódio: O Teatro de Arena, Fernando Peixoto, as montagens de Celso Frateschi e Márcio Aurélio. O ranço daquilo tudo era tão europeu, intelectual demais. Teatro alemão, para empregar o rótulo mais exato. Para o fogo aquilo tudo. Caca Rosset talvez tivesse podido ir além, se não fosse o culto excessivo à caixa registradora
- Lá em Cuba, piorou a relação, indo Brecht de vez pra gaveta, junto com todos meus sonhos de comunismo oficial. As peças didáticas eram insuportáveis em sua inocência abusiva, a peças herméticas sem sal ou vontade – o sistema delimitando tudo, como se Brecht fosse religião.
- O enterro definitivo do tal alemão, fiz vendo algumas daquelas peças chatas do teatro do subúrbio parisiense: cabeça em excesso e incapaz de olhar as coisas com os olhos fechados, coisa que aliás acontece poucas vezes no teatro daquela terra.
- Nem os filmes de René Allio que traduziu com brilho e pujança a Velha Dama Indigna, nem as aulas de Jean Jordeuill , que trabalhou com tantos filhos de Brecht na França e na Alemanha impediram o féretro.
- Só o Mouchkine pode reacender o prazer e o interesse por peças que não quisessem me ninar, explicar ou me hipnotizar. Como Brecht, soube tantas vezes elaborar pensamentos. Suas criações são um grande bate papo sobre o mundo moderno, com seus estrangeiros clandestinos, suas misérias, seu Hamlet feminino (Juliana Carneiro), um diálogo incessante com o público, em espetáculos onde o tempo e espaço são transgredidos e cada criação remete à seguinte.
- Souberam dissolver Brecht e criar uma a arte que dialoga efetivamente com seu tempo, um teatroque esteja de olhos abertos para o mundo. Que limpe banheiro e saiba passar o rodo. Tudo isso sem deixar de ser teatral, sem deixar que o épico cubra o estético, que a reflexão mate a sensação.
- A Brava consegue efetivar isto e seus espetáculos recentes: O Errante e, principalmente, em Este lado pra cima que tive a sorte de ver, há dois domingos, no campo da Erundima. Quem já rodou por aquelas quebradas sabe bem que barulho/poluição ali é de matar . Forro daqui, sertaneja ou funk dalí, carro aberto nas portas dos bares, sem esquecer o Corinthians x Palmeiras pela taça Brasil. Haja tímpano!
- Mas o areão enegrecido pelos restos de fogueiras e colorido pelos tapetes do Bloco lotou. Na arena redonda delimitada por acessórios e instrumentos, sem escrúpulos ou viadismos, os bravos literalmente deitaram e rolaram, nos falando da grande fabulação que é o sistema ultra-liberal em que vivemos. Uma nova versão do espetáculo, que mergulha ainda mais naquilo que a Brava faz de melhor: ocupar a cena e botar a boca no trombone (saxofone). Chega de paciência! Pra quando a panciência?
- O tal teor germânico dos anos oitenta infelizmente aparece aqui e ali, e o didatismo do jovem Brecht também. Mas é explosivo e irresponsável, pequeno burguês certamente, mas poético e irreverente, ao ponto de matar o barulho e cativar o povão do Jardim Ibirapuera.
- Só lamento o tal do anticlericalismo, às vezes forçado. A perifa é mística e pentecostal, sempre em transe. É preciso considerá-lo, evitar o risco de cair no materialismo pagão do teatro esquerdão 60/70, que nos deu O Pagador sem promessas e A Gota d´Água sem Iansã...
- Mas aquela percussão metálico-africana, marcando a cena da produção acelerada, é prova de que a macumba ronda e que uma hora dessas ela entrará de vez. Tempo ao tempo, os bravos estão apenas começando. Bravo!
04 setembro 2010
22 agosto 2010
18 agosto 2010
Pro Cinema Sambar
08 agosto 2010
Audição dos Afrosambas
Assista a audição das cantoras
Com o intuito de Comemorar os 45 anos do Lançamento do LP Afro Sambas de Baden Powell e Vinicius de Moraes, 6(seis) Coletivos da Zona Sul da Capital Paulista se unem para a Montagem e Circulação do Show/Espetáculo “Afro Sambas” 45 Anos; Uma Exposição Coletiva de Artistas Plásticos Brasileiros e uma Mostra de Curtas baseados nos 11(0nze) Composições que fazem parte do Afro Sambas.
O Show está sendo montado com um Elenco de 15 pessoas, sendo 6 na Banda Base, 4 Cantoras, 3 Percussionistas e 2 Dançarinos. No Repertório, Além das 8(oito) músicas do LP de 1966, entraram Berimbau, Consolação e Labareda.
Para a Exposição Coletiva, foram convidados 11(onze) Artistas Plásticos de todo o Brasil. Ao elegerem uma das composições, criam uma obra que comporá a exposição que circulará durante todo o ano de 2011.
O mesmo critério utilizado com a exposição, serve para a Mostra de Áudio Visual. Jovens Profissionais do Vídeo, sob a Coordenação do Coletivo Arte na Periferia, criarão trabalhos que comporão a Mostra.
Além do Show, da Exposição e da Mostra, o Projeto Afro Sambas 45 anos, objetiva formar e especializar, através de oficinas gratuitas, profissionais para ocuparem as várias fases da Cadeia Produtiva da Cultura: Cenografia, Figurino e Adereços, Divulgação, Elaboração de Projetos, entre outros.
Read more...
22 julho 2010
Repescagem do 1º Festival de Cinema de Várzea no Bloco do Beco
Pra quem não passou na peneira tem repescagem
13 de agosto
Endereço: Rua Acédio José Fontanete, Viela 6, nº 7, Jardim Ibirapuera - Campo da Herundina.
17hs Samba do Bloco
Direção: Pedro Dantas
Direção: Marão
Direção: Diego Florentino
Direção: Diego Viñas
SESC
São José dos Campos
31 de julho
Jardim São Dimas
São José dos Campos - SP
Direção: Diego Viñas
Direção Coletiva: Brigada de Audiovisual da via Campesina
Direção:Sebastian Gerlic
Direção: Pedro Dantas
SACOLÃO das ARTES
29 de agostoEndereço: Av. Cândido José Xavier, Pq. Sto Antônio
Direção: Fernando Pinheiro
Direção: Pedro Dantas
Direção: Diego Florentino
Direção: Diego Viñas
07 de agostoAv. das nascentes 558 , Jd. São Benedito - Cajamar
25 maio 2010
lançamento do livro e documentário UM BATUQUE MEMORÁVEL NO SAMBA PAULISTANO
27 abril 2010
Os ensaios da bateria de escola de samba do Bloco do Beco é visto como um dos melhores locais, de samba, para se estar numa sexta feira. O ambiente é agradável e respeitado por todos. Não há espaço para desavenças, pois a regra é bater na palma da mão e soltar a voz.
“Olha o samba ai gennnnte!”
31 março 2010
Espetáculo Trupe Artemanha
Texto e fotos: Jose Sillva
Fonte: Jornal da Trupe
No dia 06 de janeiro de 1996, na cidade de Taboão da Serra, São Paulo, nasceu a Trupe Artemanha de Investigação Urbana. O grupo teatral desenvolve seu trabalho na zona sul desde 2005, realizando um importante movimento teatral com apresentações de espetáculos, mostras e palestras. Em média foram mais de 300 apresentações.
Como todo grupo artístico passa por dificuldade; com o Artemanha não seria diferente, em 2005 o grupo migrou para o bairro de Campo Limpo por falta de políticas pública e incentivo à cultura no município de Taboão da Serra. Nesse mesmo ano a Trupe deu início a uma pesquisa para remontagem do texto Boombástico, que mostra as características de guetos e seus indivíduos estereotipados como marginais e excluídos, a partir de um contexto político. Assim surgiu a necessidade de tratar assuntos voltados para a região onde o núcleo artístico é nativo.
Dentro deste contexto percebe-se que o grupo é, sem dúvidas, uma fronte de resistência, não só regional, mas dentro do campo teatral. Foram anos de pesquisa, desdobramentos, abordagens e apurações até saírem dos palcos e chegarem à rua com a peça Brasil, quem foi que te pariu?
Foi esta peça que a Trupe apresentou no dia 31.03, para moradores de crianças da região, a convite da ONG Bloco do Beco, no campo (de baixo) onde já é considerado o quintal da instituição. Os atores iniciaram um cortejo pelas vielas da comunidade e em seguida deram uma volta no campo; isto, com certeza, fez quem com marcassem território e era o aviso de que o Artemanha estava na área. Após a procissão, bem sucedida, iniciou-se o espetáculo; atores bem posicionados, devidamente trajados, maquiados e público ansioso.
A peça é uma “mistura diversos elementos cênicos como o circo e a comédia dell’arte que acentuam o grotesco e ressaltam características típicas de cada personagem. As danças e os variados ritmos musicais como o forró, samba, maracatu e ciranda que enriquecem o espetáculo, levando o público para dentro de uma grande farsa fragmentada da História do Brasil, onde se cruzam personagens históricos e atuais, mostrando ao espectador uma dramaturgia atemporal”.